quinta-feira, 27 de maio de 2010

1. Compor uma música
2. Voltar a praticar Kung Fu (ou qualquer outra arte marcial de meu interesse)
3. Falar francês
4. Pintar meu cabelo de vermelho
5. Aprender a assobiar Bolero (de Ravel) completamente
6. Me formar como engenheira eletrônica (deus é +)
7. Assumir meus problemas emocionais e fazer terapia
8. Parar de fazer coisas malucas e estranhas que me fazem achar que tenho TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), como tocar com a mão em algum objeto e sentir a necessidade de continuar tocando até alguma força dentro de mim dizer que já é suficiente D:
9. Acampar e comer mashmallow ao redor de uma fogueira
10. Fazer um recital tocando flauta transversal (e/ou tocar em alguma orquestra rs)
11. Construir um robô
12. Aprender a dar um salto mortal (se eu conseguir dar estrelinha direito já tá valendo, ok? )
13. Montar uma banda de jazz/rock progressivo/chorinho/algum som experimental
14. Ler 1/3 dos livros que eu gostaria de ler
15. Desenvolver habilidades telecinéticas (sim, eu sempre quis ser a Jean Grey do X-Men)
16. Participar de um musical (ou pelo menos um flash mob, vai?)
17. Fazer trilha e tomar banho de cachoeira
18. Viajar pra Paris na primavera
19. Entrar num taxi e exclamar pro taxista, enquanto aponto pra frente: "siga aquele carro!"
20. Esquiar
21. Arrumar um namorado que dure mais de 4 meses (tá difícil, hein?)
22. Acordar todo dia antes das 10h
23. Comprar um telescópio (e fazer observações fora da minha casa, óbvio)
24. Aprender a cozinhar (viver só de pipoca, brigadeiro e ovo frito não dá, ne?)
25. Assistir toda a filmografia do Woody Allen
26. Transar com um completo desconhecido e depois, enquanto fumo um cigarro, perguntar: "foi bom pra você?" (ok, a parte do cigarro foi só pra dar um glamour, mas eu dispenso rs)
27. Aprender a gostar de verduras e saladas
28. Zerar Tetris (rsssssssss)
29. Fazer uma pintura cubista
30. Realmente entender a Teoria da Relatividade.


Nota: Inspirado no blog Inexplicable

sábado, 15 de maio de 2010

- Eu sou uma pessoa feliz?
Não é de hoje que me vem a cabeça esse tipo de questionamento e que ainda permanece uma incógnita pra mim. Presumo que muitas pessoas, ao se perguntarem sobre isso - ou serem questionadas por outrem - tenham uma resposta precisa e cheia de convicção. Bem, não é o meu caso. O máximo que eu consigo arriscar é um "não sei".
Pra falar a verdade, o que é exatamente ser uma pessoa feliz? Acho que sou sensata o suficiente para não achar que felicidade é ter tudo que você deseja e viver em quase constante alegria. Isso não existe nem pra crianças, que teoricamente tem menos preocupações.

As vezes me surpreendo quando minha mãe joga na minha cara que "minha vida é muito boa".
E olhando de fora, realmente eu poderia me considerar uma pessoa de sorte. Não passo necessidades - pelo contrário, vivo com um razoável conforto; minha família é estável; não tenho sérios problemas de saúde - até onde eu sei; não tenho filhos pra criar; não trabalho; faço coisas que gosto; tenho alguns bons amigos, ou seja, se eu dissesse que sou uma pessoa infeliz ninguém iria entender.
Dessa mesma forma, também poderíamos dizer que pessoas muito pobres são infelizes.
- Aline, você está condicionando felicidade ao nível socio-econômico?
De fato, acho que tem muita relação. Mas não estou condicionando. À princípio, é difícil de acreditar que uma pessoa que viva abaixo da linha de pobreza seja uma pessoa feliz. Mas como eu realmente posso medir isso?
As vezes eu tenho a impressão de que pessoas mais pobres, com um pensamento mediano, de preferência acompanhadas de uma forte religião, são pessoas mais felizes do que eu.
Sim, meu amigo. Estou falando do porteiro do seu prédio, de Dona Maria, mãe de 5 filhos que lava as roupas da sua casa, de seu Zé que engraxa sapatos como ninguém, estou falando de pessoas simples, que passam ou já passaram por diversas dificuldades na vida, mas que sempre estão com um sorriso estampado no rosto.
O fato é que eu nunca vi falando de um pobre que se suicidou. Alguém já? Sério, isso soa meio idiota, mas parece que essas pessoas tem uma força maior, se apegam e encaram a vida como ninguém.
Talvez eu seja meio depressiva mesmo, ou talvez eu esteja falando de coisas que nem sei ao certo, mas eu realmente acho que felicidade é uma coisa muito relativa. Algumas pessoas conseguem se sentir satisfeitas, seja por se apegarem a uma crença, ou por terem esperanças demais, ou por já estarem acostumadas a sofrer e se contentarem com "pouco", ou até mesmo por não terem um olhar crítico da vida.
Outra coisa que me faz não saber se sou feliz é que eu nunca passei por momentos extremamente difíceis. Então, será que eu me acostumei com minha "boa sorte" e agora ela não significa nada pra mim? De que adianta uma boa infra-estrutura se você não tem noção do significado disso? Talvez meus momentos de alegria sejam ordinários e talvez meus momentos de tristeza não sejam nada comparado ao que outras pessoas sentem. E se minha indiferença cotidiana for a própria felicidade?

Pra finalizar, acredito que, de um modo geral, ser feliz é ter mais momentos de bem-estar, paz interior, satisfação, do que momentos ruins.
Ou seja, está ligado a vários aspectos da sua vida, como realização profissional, dinheiro, saúde, mas não depende apenas disso. Uma pessoa pode estar à beira da morte e ser feliz, afinal, cada um encontra a felicidade de forma diferente. Tudo depende do olhar que você direciona a vida.

quarta-feira, 12 de maio de 2010




Algo assim.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Sabe quando você sabe que está na merda, mas não consegue sentir isso? Pois bem, eu sei. Fica uma sensação de pranto contido porque você sabe que deveria estar muito mal, chorando, talvez, mas não sente nada. Está anestesiado.
Aí vocês podem falar:
- Mas Aline, isso não é bom?
E eu vos direi:
- Não.
Primeiro porque não é exatamente sem sentir nada, é uma sensação estranha de vazio num momento evidentemente ruim. Segundo porque pode chegar de repente. E aí, meu amigo, você desaba.
Já tive o desprazer de sentir isso algumas vezes. Na verdade, estou sentindo agora. Esperando ansiosamente a minha queda que ainda não veio. Se é que vem.
Eu não vou falar o que aconteceu, mas não foi algo grave. Só que foi um momento ruim, e eu acho que deveria ter chorado.
À propósito, grande parte dos meus problemas recentes - inclusive o que aconteceu comigo hoje - são culpa minha e o motivo disso tudo tem um nome. Se chama "procrastinação".
Pra quem não sabe, procrastinação, de acordo com o dicionário, é você adiar ou delongar uma coisa. Eu definiria como: aquilo que você sabe que tem que fazer, mas não faz porque tem "medo" de começar.
E eu já estou na fase de perceber que está dando tudo errado e não conseguir me corrigir. Parece que é maior que eu, como se eu não tivesse mais controle nas minhas próprias atitudes. Estou começando a ficar com medo de estar assistindo, impotentemente, meu autoflagelo.
[...]
No final do post, eu sempre acho que me excedi. Mas pra que serve esse blog se não, ainda por meio da razão, eu expressar meus delírios? Então aguentem o drama - ou não.

PS: Lembrei de um video maravilhoso que vi algum tempo atrás. É em inglês, mas não é difícil de entender. Diz tudo que eu gostaria de dizer de uma maneira criativa e poética.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Oi. É, eu sei. Faz tempo. O fato é que eu pensei que podia postar regularmente, mas já vi que não é tão simples. Tem que ser espontâneo, tem que ter um estímulo, se não eu fico inerte. Penso em tantas coisas que poderia escrever aqui, mas ou me faltam palavras ou me falta ação mesmo. E também não é só isso, acabei de sair de uma maratona de provas. Exagerei, não foram muitas provas. Foram duas, mas que me tomaram tempo e me desgastaram como se fosse uma maratona. Então o argumento é válido. Enfim, acho que poderei ter mais paz agora.
Outra coisa boa do fim do período de provas é que eu posso me dedicar a atividades mais triviais e prazerosas sem me sentir culpada - por estar perdendo tempo de estudo. Então comecei a ler um livro ontem, livro de história. Encasquetei com isso, acho que a história do ensino médio não foi suficiente.
Pois bem, ainda tô no começo e estava falando sobre os hominídeos, como se organizavam, caçavam, e se adaptavam a diferentes regiões. Por serem grupos nômades, muitas vezes desbravavam terras desconhecidas e tinham que enfrentar leões, elefantes, leopardos. Quando nasciam bebês gêmeos, costumavam matar um deles e abandonavam os idosos que já não podiam andar para morrerem sozinhos.
Cara, isso soa tão cruel, não? Apesar de já fazer milhões de anos - sim, milhões - e de ser algo natural, como o instinto de sobrevivência, eu não consigo deixar de sentir uma ponta de horror ao ler esse tipo de coisa. Tudo culpa dessa nossa mania de humanização. Mas veja só, eles eram seres humanos também. Só tentavam sobreviver. E deu certo - ou não.
As vezes tenho a impressão de que estamos nos esquecendo que, com toda desgraça, ainda somos animais - pois é, ainda fazemos parte da natureza. O pensamento de se alimentar, reproduzir e sobreviver parece ser secundário nas preocupações do dia-a-dia, mas ele está lá.
- "Será que consigo tirar nota boa nessa prova?"
- "Preciso de um vestido novo para a festa! E agora?"
- "Minha namorada me deu um fora. Não sei o que faço mais da minha vida".
Quando eu tenho uma visão mais geral da vida, esses problemas me parecem tão risíveis! A vida é tão efêmera, e pode ser ceifada a qualquer momento. Você, caro leitor, já parou realmente pra pensar no impacto disso tudo? Você, assim como eu, se preocupa tanto com problemas diários e vicissitudes, quando, no final, somos apenas saquinhos de carne aleatórios, arranjos moleculares de carbono, tão irelevantes para o universo como as planárias, como os protozoários, quanto uma pedra, quanto um grão de poeira, quanto nada.
Ok, esse post está começando a assumir um ar, no mínimo, pessimista. Para não dizer paranóico. Mas calma, é só uma reflexão mesmo. Ninguém deve - nem vai - parar sua vida e deixar de dar importância aos problemas diários por causa disso. Mas nesses momentos metafísicos, eu tento comparar as minhas preocupações com toda incógnita que é o universo e vejo como dou importância a besteiras diante da imensidão da vida. Então assim, a lição que fica pra mim - e que estou compartilhando aqui - é a seguinte: viva sua vida, aproveite os momentos e não se perca em pensamentos restritos afinal, a qualquer momento você pode tropeçar e bater a cabeça no meio-fio. E pode ser grave. E pode ser fatal. E você pode não ter vivido nada do que sonhou. E suas preocupações realmente não terão mais a mínima importância. Cruel? Não, natural.
 

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